quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Um texto

. Hoje tive um sonho estranho. Muito real, de tanto que podia sentir o cheiro dos lugares, das pessoas e de tudo, conseguia tocar tudo que quisesse. No começo mágico. Tornando de uma visita encantadora a melhor decisão que tomei naquela noite e na minha vida.

. Tudo sempre estava tão longe, mas nessa madrugada pude ver algo incrível. Ao decorrer da vida materializava situações complicadas assim como nos filmes de suspense e tentava achar caminhos diferentes para resolver, era fantástico.

. Desta vez algo saiu do controle, mesmo sendo chato, incosequente, incompreensível, consegui conquistar o que mais desejava na vida. Neste sonho pude ser feliz e encontrar o melhor de tudo. Não podia voar, mas me sentia como um pássaro, não havia limites. Porém, por depositar tanto do bom e dar o melhor, perdi o que achava que demoraria mais para fugir de mim. Sempre me preparei para este tipo de situação por toda a minha adolecência, mas a situação real é muito forte e ainda somos humanos não há treinamento que mude.

. Com isso veio o desânimo, depressão, já havia escrito na minha testa que era um fracasso só confirmei naquele momento, foi aí que decidi terminar com aquilo. Vesti minha melhor roupa em minha ultima primavera, não existia céu, estrelas, lua tão bonita, mais bela que a daquela noite. A noite estava perfeita, pude desenhar diversas formas em minha mente ligando as estrelas. Preparando um adeus. E desse o que pude perceber que era tão egoísta como os outros e do muito valor que pensei ter dado devia ter moderado ou demonstrado mais.

. Me aproximei um tanto mais daquela linda paisagem que se aproximava a cada segundo do seu fim e simplesmente pulei, levou alguns sete segundos de queda até o encontro com o solo, era realmente alto. Mas, esses segundos foi o suficiente, estava voando, nada passou na minha mente, só aquela perfeição de paisagem me encaminhava e acompanhava naquele único momento.

. Logo após pude ver todo meu sangue espalhado pelas rochas que ali estavam, não conseguia mover as pernas, os braços tão pouco piscar os olhos, um pouco de sangue que sobrou permitiu alguns segundos de vida, o corpo simplesmente esquartejado. Alí não tive dor, nem arrependimento, talvez tivesse esperando alguém para me salvar, porém simplesmente abandonei tudo. Menos um para talvez meu próprio bem.