sábado, 28 de junho de 2008

Sonhos


O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Para a Ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.
Sonho e Freud
Foi em 1900, com a publicação de Interpretação de Sonhos, que Sigmund Freud (1856-1939) deu um caráter científico à matéria. Naquele polêmico livro, Freud aproveita o que já havia sido publicado anteriormente e faz investidas completamente novas, definindo o conteúdo do sonho como “realização dos desejos”. Para o pai da psicanálise, no enredo onírico há o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado), este último realmente importante. A fachada seria um despiste do superego (o censor da psique, que escolhe o que se torna consciente ou não dos conteúdos inconscientes), enquanto o sentido latente, por meio da interpretação simbólica, revelaria o desejo do sonhador por trás dos aparentes absurdos da narrativa.
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Há momento melhor que o sonho? E a momento pior do que acordar desse sonho bom?
O seu sentido pode ser “o desejo, apeteço” e pode ser entendido também como “sonhei coisas boas...”. Por ser elucido, por até dizer “irreal, imaginário, falso”, torna-se cobiçado do tanto que o torna o pioneiro do querer. O eterno viver o sonho e tentar trazer ao real, conquistar.

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